Longe se vai o tempo em que tínhamos 4,5% de superávit primário e todos os indicadores da dívida pública brasileira tendiam na direção correta. Durante a crise, por algum tempo, parecia que o Brasil tinha aprendido a lição de responsabilidade econômica, com um pacote de estímulo comedido e uma política monetária levemente expansiva.
Apesar dos aumentos fortes de arrecadação de 2010, o Governo conseguiu ainda assim gastar mais do que arrecadou. Dado que o Brasil já voltou a crescer, inexiste o argumento de que temos de gastar por causa da crise. O que aparenta é um aumento de gastos coincidente com ano de eleição. É pena comprometer belíssimo trabalho de estabilização e crescimento do país e redistribuição de renda aos 45 do segundo tempo.
Vide artigo de Miriam Leitão a respeito:
http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2010/04/30/brasil-tambem-precisa-gastar-menos-287813.asp