É uma iniciativa de bastante transparência e que deve ser reconhecida.
06 March 2011
Bom blog do novo Governador de Rondônia
O novo Governador de Rondônia, Confúcio Moura, tem publicado com frequência iniciativas de seu governo em seu blog, www.confuciomoura.com.br
É uma iniciativa de bastante transparência e que deve ser reconhecida.
É uma iniciativa de bastante transparência e que deve ser reconhecida.
28 February 2011
Bom artigo recente de Moacyr Scliar - Reinventar-se
Reinventar-se
Falando do arquiteto Oscar Niemeyer, que quase aos 103 anos resolveu tornar-se compositor e escreveu um samba (verdade que não muito bom), disse um jornal que o grande brasileiro acabava de se reinventar. Reinventar-se: esta é uma palavra que, em 2010, ganhou em destaque em nosso vocabulário.
Explicável: nunca antes na história deste país tantas mudanças aconteceram, a começar pela emergência de uma classe média formada por pessoas que, confrontadas com novas situações, precisam, justamente, se reinventar. E o que significa isso?
Em primeiro lugar, é preciso dizer que há uma diferença entre inventar e descobrir. Descobrir é achar uma coisa que já estava ali, aparentemente coberta ou oculta. Colombo descobriu a América, mas a América existia, ainda que não com esse nome, era habitada por muitos povos – só que os europeus não sabiam disso, e glorificaram essa ignorância com a palavra descoberta que, não sem boas razões, tem sido contestada, como de resto a descoberta do Brasil.
Inventar é outra coisa. Inventar é criar algo que não existia, um dispositivo, uma máquina, uma substância química. Inventar exige conhecimento, exige criatividade, exige imaginação; escritores são, de certa forma, inventores; eles fazem surgir personagens e situações que não existiam.
A invenção pode ter contornos sombrios, como a guilhotina (bolada por um médico, o Dr. Guillotin) e as câmaras de gás dos campos de concentração. Mas em geral inventores são objeto de nossa admiração, e o Nobel é um testemunho disso.
Já reinventar é um termo que tem conotação irônica, debochada: quando dizemos que Fulano reinventou a roda estamos fazendo uma gozação. Mas a partícula apassivadora “se” dá ao verbo um outro, e revolucionário, sentido; o termo, por assim dizer, se reinventa.
Reinventar-se significa deixar para trás o nosso passado, significa transformar nossa vida (nem que seja em pequenos detalhes) e isso pode ser um antídoto decisivo contra o marasmo, contra o desânimo, contra a apatia. De repente, somos outra pessoa.
Um choque? É. Um choque. Mas um choque benéfico.
Reinventar-se: eis aí um bom lema para o ano que se aproxima. Reinventar-se como profissional, como cônjuge, como pai ou mãe ou filho ou filha, reinventar-se como amigo, reinventar-se como cidadão ou cidadã, reinventar-se como pessoa. Num mundo em que a invenção é um acontecimento contínuo, em que as mudanças se sucedem de maneira vertiginosa, mexer um pouco com nós mesmos pode ser algo muito bom, um grande começo de ano, um grande recomeço de vida.
Zero Hora (RS), 26/12/2010
Falando do arquiteto Oscar Niemeyer, que quase aos 103 anos resolveu tornar-se compositor e escreveu um samba (verdade que não muito bom), disse um jornal que o grande brasileiro acabava de se reinventar. Reinventar-se: esta é uma palavra que, em 2010, ganhou em destaque em nosso vocabulário.
Explicável: nunca antes na história deste país tantas mudanças aconteceram, a começar pela emergência de uma classe média formada por pessoas que, confrontadas com novas situações, precisam, justamente, se reinventar. E o que significa isso?
Em primeiro lugar, é preciso dizer que há uma diferença entre inventar e descobrir. Descobrir é achar uma coisa que já estava ali, aparentemente coberta ou oculta. Colombo descobriu a América, mas a América existia, ainda que não com esse nome, era habitada por muitos povos – só que os europeus não sabiam disso, e glorificaram essa ignorância com a palavra descoberta que, não sem boas razões, tem sido contestada, como de resto a descoberta do Brasil.
Inventar é outra coisa. Inventar é criar algo que não existia, um dispositivo, uma máquina, uma substância química. Inventar exige conhecimento, exige criatividade, exige imaginação; escritores são, de certa forma, inventores; eles fazem surgir personagens e situações que não existiam.
A invenção pode ter contornos sombrios, como a guilhotina (bolada por um médico, o Dr. Guillotin) e as câmaras de gás dos campos de concentração. Mas em geral inventores são objeto de nossa admiração, e o Nobel é um testemunho disso.
Já reinventar é um termo que tem conotação irônica, debochada: quando dizemos que Fulano reinventou a roda estamos fazendo uma gozação. Mas a partícula apassivadora “se” dá ao verbo um outro, e revolucionário, sentido; o termo, por assim dizer, se reinventa.
Reinventar-se significa deixar para trás o nosso passado, significa transformar nossa vida (nem que seja em pequenos detalhes) e isso pode ser um antídoto decisivo contra o marasmo, contra o desânimo, contra a apatia. De repente, somos outra pessoa.
Um choque? É. Um choque. Mas um choque benéfico.
Reinventar-se: eis aí um bom lema para o ano que se aproxima. Reinventar-se como profissional, como cônjuge, como pai ou mãe ou filho ou filha, reinventar-se como amigo, reinventar-se como cidadão ou cidadã, reinventar-se como pessoa. Num mundo em que a invenção é um acontecimento contínuo, em que as mudanças se sucedem de maneira vertiginosa, mexer um pouco com nós mesmos pode ser algo muito bom, um grande começo de ano, um grande recomeço de vida.
Zero Hora (RS), 26/12/2010
03 February 2011
Jim Collins: 10 passos para começar na próxima semana
Sucessor do guru Peter Drucker, Jim Collins não tem medo de colocar o dedo na cara dos empresários e dizer que são as empresas as causadoras de seu próprio declínio. Sem querer dar receita de bolo, ele estabelece 10 passos para gestores e companhias que estão dispostos a evitar esse fim. Confira:
1) Diagnostique a situação da empresa para saber onde pode melhorar
2) Pergunte a si mesmo: quantos cargos-chave estão nas mãos das pessoas certas?
3) Crie um conselho de administração pessoal, que ajude a entender o que está certo e errado
4) Duplique as perguntas e afirme menos, isso é sinal de liderança
5) Na próxima reunião, faça um inventário dos fatos “brutais” da empresa, os mais difíceis de se encarar
6) Descubra, perguntando a si e aos outros, qual é o seu motor e o da organização
7) Seja disciplinado e faça uma lista do que precisa parar de fazer
8) Desligue seus dispositivos eletrônicos por um dia, toda semana, para fazer uma reflexão disciplinada
9) Esclareça seus valores, questione suas práticas e repasse para os mais jovens
10) Estabeleça metas audaciosas e cabeludas para os próximos anos. Tenha sonhos.
Contribuição: Sandro Breval.
1) Diagnostique a situação da empresa para saber onde pode melhorar
2) Pergunte a si mesmo: quantos cargos-chave estão nas mãos das pessoas certas?
3) Crie um conselho de administração pessoal, que ajude a entender o que está certo e errado
4) Duplique as perguntas e afirme menos, isso é sinal de liderança
5) Na próxima reunião, faça um inventário dos fatos “brutais” da empresa, os mais difíceis de se encarar
6) Descubra, perguntando a si e aos outros, qual é o seu motor e o da organização
7) Seja disciplinado e faça uma lista do que precisa parar de fazer
8) Desligue seus dispositivos eletrônicos por um dia, toda semana, para fazer uma reflexão disciplinada
9) Esclareça seus valores, questione suas práticas e repasse para os mais jovens
10) Estabeleça metas audaciosas e cabeludas para os próximos anos. Tenha sonhos.
Contribuição: Sandro Breval.
01 February 2011
Ótimo artigo sobre Amazônia, FAS e alternativas na Folha de SP
31 de janeiro de 2011
FAS | Folha de S. Paulo | Ricardo Young | BR
Volta para o futuro
RICARDO YOUNG
Isolene abre sua sala, cuja janela dá para a imensidão do rio Negro. Traços marcantes, gestos decididos e rara beleza fazem dessa jovem mulher uma personagem que não passa despercebida na comunidade ribeirinha de Tumbiras. Filha mais nova do fundador dessa comunidade vocacionada para a construção de barcos, beneficiou-se da condição de mestre do pai e conseguiu ir a Manaus estudar.
Sua história poderia ser como a de milhares que saem do Brasil profundo buscando futuro melhor nos grandes centros. Isolene não. Ciente de que foi uma das poucas a ter tal oportunidade, resolveu voltar para que as gerações futuras de Tumbiras não fossem condenadas ao isolamento.
Na volta, junto com dona Raimunda, por décadas a única professora dali, resolveram lutar para fazer com que a escola pública de Tumbiras fosse uma escola de verdade.
O destino desta jovem idealista e desta senhora extraordinária cruzariam com um fato que começa a fazer diferença na Amazônia. Criada por iniciativa do governo do Amazonas e do Bradesco, a Fundação Amazonas Sustentável tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável, a conservação ambiental e a qualidade de vida das comunidades usuárias das unidades de conservação do Estado.
Em outras palavras, valorizar a floresta, remunerar as comunidades pelos serviços florestais e garantir saúde, educação, renda e integração para que a população possa se fixar nas comunidades. A meta é desenvolvê-las com as mais avançadas tecnologias de manejo florestal e oportunidades geradas pelo mecanismo do REDD+, adição de valor a produtos tradicionais da floresta.
Essa parceria pública/privada vem se constituindo em um possível modelo para desenvolvimento local sustentável, tornando a economia florestal algo viável e que beneficie, prioritariamente, aos que nela vivem e dela dependem.
A comunidade de Tumbiras decidiu que a prioridade dela seria a educação. Isolene, cosmopolita e articulada, e a professora Raimunda, de sabedoria curtida nos trópicos, encontraram na FAS a possibilidade de trazer para a floresta o que há de mais avançado em ensino a distância, tecnologia digital e ensino presencial.
Em salas de aula especialmente construídas, os alunos têm aulas pelo sistema de ensino a distância da Globo em parceria com a Secretaria de Educação do Amazonas.
Os conteúdos didáticos têm a mesma qualidade das melhores escolas de Manaus com interação via internet com professores on-line, acrescidos do ensino local em saberes como meio ambiente, recursos hídricos e biodiversidade. A contemporaneidade no Brasil profundo? É possível...
Isolene sorri um sorriso ensolarado de quem sabe que faz hoje pelo futuro de muitos o que um dia fizeram pelo dela.
RICARDO YOUNG escreve às segundas-feiras nesta coluna.
FAS | Folha de S. Paulo | Ricardo Young | BR
Volta para o futuro
RICARDO YOUNG
Isolene abre sua sala, cuja janela dá para a imensidão do rio Negro. Traços marcantes, gestos decididos e rara beleza fazem dessa jovem mulher uma personagem que não passa despercebida na comunidade ribeirinha de Tumbiras. Filha mais nova do fundador dessa comunidade vocacionada para a construção de barcos, beneficiou-se da condição de mestre do pai e conseguiu ir a Manaus estudar.
Sua história poderia ser como a de milhares que saem do Brasil profundo buscando futuro melhor nos grandes centros. Isolene não. Ciente de que foi uma das poucas a ter tal oportunidade, resolveu voltar para que as gerações futuras de Tumbiras não fossem condenadas ao isolamento.
Na volta, junto com dona Raimunda, por décadas a única professora dali, resolveram lutar para fazer com que a escola pública de Tumbiras fosse uma escola de verdade.
O destino desta jovem idealista e desta senhora extraordinária cruzariam com um fato que começa a fazer diferença na Amazônia. Criada por iniciativa do governo do Amazonas e do Bradesco, a Fundação Amazonas Sustentável tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável, a conservação ambiental e a qualidade de vida das comunidades usuárias das unidades de conservação do Estado.
Em outras palavras, valorizar a floresta, remunerar as comunidades pelos serviços florestais e garantir saúde, educação, renda e integração para que a população possa se fixar nas comunidades. A meta é desenvolvê-las com as mais avançadas tecnologias de manejo florestal e oportunidades geradas pelo mecanismo do REDD+, adição de valor a produtos tradicionais da floresta.
Essa parceria pública/privada vem se constituindo em um possível modelo para desenvolvimento local sustentável, tornando a economia florestal algo viável e que beneficie, prioritariamente, aos que nela vivem e dela dependem.
A comunidade de Tumbiras decidiu que a prioridade dela seria a educação. Isolene, cosmopolita e articulada, e a professora Raimunda, de sabedoria curtida nos trópicos, encontraram na FAS a possibilidade de trazer para a floresta o que há de mais avançado em ensino a distância, tecnologia digital e ensino presencial.
Em salas de aula especialmente construídas, os alunos têm aulas pelo sistema de ensino a distância da Globo em parceria com a Secretaria de Educação do Amazonas.
Os conteúdos didáticos têm a mesma qualidade das melhores escolas de Manaus com interação via internet com professores on-line, acrescidos do ensino local em saberes como meio ambiente, recursos hídricos e biodiversidade. A contemporaneidade no Brasil profundo? É possível...
Isolene sorri um sorriso ensolarado de quem sabe que faz hoje pelo futuro de muitos o que um dia fizeram pelo dela.
RICARDO YOUNG escreve às segundas-feiras nesta coluna.
08 December 2010
23 November 2010
Poema da biografia de Nelson Mandela
Em sua biografia, Nelson Mandela faz referência a um poema, "Master of my Fate, Captain of my Soul". Segue abaixo:
Out of the night that covers me
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstances
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
Out of the night that covers me
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstances
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
01 September 2010
Apresentação sobre gestão pública
Segue abaixo o link para apresentação feita hoje a respeito de administração pública em seminário organizado pela Secretaria de Administração (SEAD) em conjunto com a Secretaria de Planejamento (SEPLAN).
A apresentação é voltada à implantação de valores e princípios como guia para gestão. Agradeço comentários e sugestões.
A apresentação é voltada à implantação de valores e princípios como guia para gestão. Agradeço comentários e sugestões.
05 August 2010
Juma Project wins the Best Monitoring and Evaluation on Eco-Index
Dear Juma colleagues, friends and supporters,
Thanks to everyone who help us on building, supporting and implementing the project, we have now another big achievement:
The Juma REDD Project, implemented by FAS - Amazonas Sustainable Foundation, in Novo Aripuanã (AM), was elected by the Eco-Index of the Rainforest Alliance as the best in monitoring and evaluation methodology (category Best Monitoring and Evaluation Methodology).
The Rainforest Alliance is one of the world's most recognized certifications in the forestry projects area, being responsible, among others, for validations by international standards CCBS (Climate, Community and Biodiversity Standard) and VCS (Voluntary Carbon Standard) - two of most used in the world.
"This recognition has special meaning for FAS and reflects the high degree of professionalism and motivation of our team, responsible for designing and implementing the REDD project to Juma," said Virgilio Viana, general superintendent of FAS.
Gabriel Ribenboim, Special Projects Manager, adds that "this recognition is one more element that comes to attest the technical robustness of the Project Juma."
The Rainforest Alliance is one of the world's most recognized certifications in the forestry projects area, being responsible, among others, for validations by international standards CCBS (Climate, Community and Biodiversity Standard) and VCS (Voluntary Carbon Standard) - two of most used in the world.
"This recognition has special meaning for FAS and reflects the high degree of professionalism and motivation of our team, responsible for designing and implementing the REDD project to Juma," said Virgilio Viana, general superintendent of FAS.
Gabriel Ribenboim, Special Projects Manager, adds that "this recognition is one more element that comes to attest the technical robustness of the Project Juma."
To read the original material on the website Eco-Index, go: http://eco-index.org/search/ results.cfm?projectID=1425 .
To learn more about Project Juma, visit http://www.fas-amazonas.org/ pt/secao/projeto-juma
To learn more about Project Juma, visit http://www.fas-amazonas.org/
To learn more about the Eco-Index, visit www.eco-index.org
Best Regards,
_______
Raquel Luna
Gestora Institucional dos
Núcleos de Conservação e Sustentabilidade
18 July 2010
16 July 2010
Ufanismo ambiental estrangeiro na Amazônia
110 km2 de desmatamento na Amazônia em maio de 2010. Li a avaliação do IPAM, ONG ambientalista muito conhecida (http://www.ipam.org.br/noticias/Inpe-detecta-109-6-km-de-desmatamento-em-maio-na-Amazonia/743), na qual ele chama este volume de desmatamento de um retrocesso. Como é comum no ufanismo ambiental, ele compara este volume de desmatamento ao tamanho do parque do Ibirapuera ou da ilha de Fernando de Noronha, como forma de impactar o leitor. São comparações verdadeiras, diga-se de passagem. Entretanto, ocultam a real magnitude da Amazônia e os grandes avanços dos últimos anos.
Por exemplo, a taxa de desmatamento na Amazônia entre 1990 e 2005 era em geral entre 15 e 20 mil km2. Dividindo-se mensalmente, teríamos entre 1,2 mil e 1,7 mil km2. É claro que há uma sazonalidade (o desmatamento maior ocorre na seca entre agosto e novembro), mas não é tão dramática a diferença quando se compara com os 110 km2 do mês de maio (redução de 93% na taxa). A redução para 110 km2 é motivo de celebração.
Um outro fator importante é lembrar a magnitude da Amazônia. São cerca de 5 milhões de km2 apenas no Brasil. Ao ritmo de desmatamento do mês de maio, a Amazônia duraria mais 3,8 mil anos. É um ritmo de desmatamento de 0,03% ao ano. Este é um ritmo proporcionalmente mais lento do que o atualmente visto na mata atlântica, por exemplo.
Por último, não defendo xenofobia. Todos são bem vindos à Amazônia. Entretanto, como já argumentava meu avô Samuel Benchimol, a Amazônia tem baixo risco de internacionalização, mas alto risco de moratória ecológica imposta do estrangeiro, não na forma de governos e ONU, mas na forma de ONGs que são apoiadas por organização internacionais que fazer lobby junto ao governo brasileiro. Convido-os a visitar o site do IPAM, na área de contribuidores. Tente identificar se os recursos ali aportados representam a vontade do Brasil. Eu respondo: não, é dinheiro do governo norte-americano, inglês e da comunidade européia. Em outras palavras, é a voz deles, camuflada.
http://www.ipam.org.br/o-ipam/Quem-apoia-o-IPAM-/5
Por exemplo, a taxa de desmatamento na Amazônia entre 1990 e 2005 era em geral entre 15 e 20 mil km2. Dividindo-se mensalmente, teríamos entre 1,2 mil e 1,7 mil km2. É claro que há uma sazonalidade (o desmatamento maior ocorre na seca entre agosto e novembro), mas não é tão dramática a diferença quando se compara com os 110 km2 do mês de maio (redução de 93% na taxa). A redução para 110 km2 é motivo de celebração.
Um outro fator importante é lembrar a magnitude da Amazônia. São cerca de 5 milhões de km2 apenas no Brasil. Ao ritmo de desmatamento do mês de maio, a Amazônia duraria mais 3,8 mil anos. É um ritmo de desmatamento de 0,03% ao ano. Este é um ritmo proporcionalmente mais lento do que o atualmente visto na mata atlântica, por exemplo.
Por último, não defendo xenofobia. Todos são bem vindos à Amazônia. Entretanto, como já argumentava meu avô Samuel Benchimol, a Amazônia tem baixo risco de internacionalização, mas alto risco de moratória ecológica imposta do estrangeiro, não na forma de governos e ONU, mas na forma de ONGs que são apoiadas por organização internacionais que fazer lobby junto ao governo brasileiro. Convido-os a visitar o site do IPAM, na área de contribuidores. Tente identificar se os recursos ali aportados representam a vontade do Brasil. Eu respondo: não, é dinheiro do governo norte-americano, inglês e da comunidade européia. Em outras palavras, é a voz deles, camuflada.
http://www.ipam.org.br/o-ipam/Quem-apoia-o-IPAM-/5
14 July 2010
Dois presos na Venezuela por twittar. Apenas um lembrete do quanto é bom viver em um país livre.
Mais uma vez nossos vizinhos do norte merecem distinção. Dois twitteiros foram presos na Venezuela por criticar o sistema financeiro venezuelano, sugerindo que alguns bancos estavam próximos de serem tomados pelo governo (nenhuma surpresa aí). Os dois são sujeitos a pena de até 11 anos de prisão. Há mais 15 individuos sendo investigados.
Apenas um lembrete do quanto é bom viver em um país livre e como esta liberdade pode ser usurpada por sistemas autoritários. Celebre-se nossa economia de mercado, onde se pode criticar qualquer empresa (estatal ou privada) ou governo, e nossa liberdade de imprensa, em especial a imprensa cidadã do século XXI (blogs, tweets e vídeos nossos de cada dia).
Notícias a respeito:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,venezuela-prende-dois-por-informacoes-falsas-postadas-no-twitter,578581,0.htm
http://www.latimes.com/technology/sns-ap-lt-venezuela-twitter,0,6311483.story
Apenas um lembrete do quanto é bom viver em um país livre e como esta liberdade pode ser usurpada por sistemas autoritários. Celebre-se nossa economia de mercado, onde se pode criticar qualquer empresa (estatal ou privada) ou governo, e nossa liberdade de imprensa, em especial a imprensa cidadã do século XXI (blogs, tweets e vídeos nossos de cada dia).
Notícias a respeito:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,venezuela-prende-dois-por-informacoes-falsas-postadas-no-twitter,578581,0.htm
http://www.latimes.com/technology/sns-ap-lt-venezuela-twitter,0,6311483.story
12 July 2010
Apresentação na FGV sobre sustentabilidade na Amazônia
Fiz semana passada apresentação na FGV Rio em fórum de sustentabilidade da Amazônia organizado pelo ex-Ministro Mangabeira Unger. Segue o link para minha apresentação:
Evento da FGV a respeito da Amazônia
É impressionante o desconhecimento de brasileiros da realidade amazônica. Acabo de retornar de evento organizado pela FGV do Rio, onde supostamente teríamos autoridades para debater opções de desenvolvimento da Amazônia. Houve brilhantes discursos, inclusive do ex-Ministro Mangabeira Unger e de Alberto Lourenço.
Entretanto, foi impressionante ver a ingenuidade e persistência do "ambientalismo de Ipanema", cuja doutrina argumenta que o desmatamento na Amazônia precisa ser combatido com forças policiais e prisão. Esquece que as leis nacionais transformam quase todos os amazônidas em foras-da-lei (os sem-registro, sem-título de terra, sem-CNPJ, etc.). Construamos então 25 milhões de celas; quero a minha com tacacá, tambaqui e ar condicionado.
Segue link do evento e minha apresentação:
http://direitorio.fgv.br/node/1033
https://docs.google.com/leaf?id=0B_fpj_G8tpx_MTQ2NzExMzctOTUwZi00MmNhLWEwNjItMTUxMGU1OTc4MjFl&hl=pt_BR
Entretanto, foi impressionante ver a ingenuidade e persistência do "ambientalismo de Ipanema", cuja doutrina argumenta que o desmatamento na Amazônia precisa ser combatido com forças policiais e prisão. Esquece que as leis nacionais transformam quase todos os amazônidas em foras-da-lei (os sem-registro, sem-título de terra, sem-CNPJ, etc.). Construamos então 25 milhões de celas; quero a minha com tacacá, tambaqui e ar condicionado.
Segue link do evento e minha apresentação:
http://direitorio.fgv.br/node/1033
https://docs.google.com/leaf?id=0B_fpj_G8tpx_MTQ2NzExMzctOTUwZi00MmNhLWEwNjItMTUxMGU1OTc4MjFl&hl=pt_BR
10 July 2010
Mangabeira Unger defende "resgate" da população da Amazônia da ilegalidade
Dentre os líderes nacionais, o único a compreender com profundidade a questão amazônica. Do jornal Folha de São Paulo.
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/763945-mangabeira-unger-defende-resgate-da-populacao-da-amazonia-da-ilegalidade.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/763945-mangabeira-unger-defende-resgate-da-populacao-da-amazonia-da-ilegalidade.shtml
08/07/2010 - 15h01
Mangabeira Unger defende "resgate" da população da Amazônia da ilegalidade
DENISE MENCHEN
DO RIO
DO RIO
Roberto Mangabeira Unger, ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, defendeu na manhã de hoje que o país precisa "resgatar a população da Amazônia da ilegalidade".
Mangabeira Unger, que também é professor de Harvard, destacou que o desenvolvimento sustentável da Amazônia passa por quatro eixos principais: regularização fundiária, regularização ambiental, inovação institucional a serviço da vanguarda tecnológica produtiva e unificação da região por meio de sistemas multimodais de transporte.
Para ele, o esforço de regularização ambiental deve enfrentar um problema decorrente da mudança de um regime de estímulo ao desmatamento, vigente até a década de 1970, para outro de fortes restrições em relação ao uso da terra.
"Com essa reviravolta de regimes legais, a população da Amazônia foi jogada numa ilegalidade retrospectiva, da qual nós agora temos que resgatá-la. Qualquer solução tem de incluir a construção de mecanismos de transição, mas a transição não deve servir de pretexto para abandonar o objetivo maior que é a reconciliação do desenvolvimento inclusivo com o desenvolvimento sustentável", afirmou.
Ele não comentou, porém, o projeto do novo Código Florestal aprovado anteontem por uma comissão especial da Câmara e que anistia multas aplicadas a desmatadores até 2008.
"Ainda não tive oportunidade de analisar o material. Seria irresponsável me manifestar", afirmou o ex-ministro, que participa do seminário "Amazônia: Desafios para um Projeto Inclusivo e Sustentável", promovido pela FGV-Direito, do Rio.
O ex-ministro criticou a regulação da atividade mineradora no país. Na avaliação de Unger é necessário elevar o valor de cobrança dos royalties do setor e rever o regime de concessões de áreas.
Mangabeira Unger também declarou voto a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff. Segundo ele, a ex-ministra-chefe da Casa Civil tem "uma consciência clara dos projetos de desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste e de outras regiões do país, não apenas como projetos regionais, mas como vanguardas de um novo projeto nacional".
29 June 2010
Fixmystreet.com
Belíssimo exemplo de transparência para prefeituras. Será que poderíamos inovar no Amazonas? Permite que cidadãos façam suas reclamações diretamente no site, que é administrado e atendido diretamente pela Prefeitura.
Os dois sites abaixo são funcionais, na Inglaterra e no Canadá.
www.fixmystreet.com
www.fixmystreet.co.uk
www.fixmystreet.ca
Segue abaixo artigos em português a respeito dos sites:
http://www.youtube.com/watch?v=exYbGNr34g4
http://derepente.com.br/2007/12/11/ferramentas-colaborativas/
Segue artigos em inglês:
http://www.mysociety.org/projects/fixmystreet/
Instruções para implantação e todo o código do site:
http://trac.meuparlamento.org/wiki/FixMyStreet
Os dois sites abaixo são funcionais, na Inglaterra e no Canadá.
www.fixmystreet.com
www.fixmystreet.co.uk
www.fixmystreet.ca
Segue abaixo artigos em português a respeito dos sites:
http://www.youtube.com/watch?v=exYbGNr34g4
http://derepente.com.br/2007/12/11/ferramentas-colaborativas/
Segue artigos em inglês:
http://www.mysociety.org/projects/fixmystreet/
Instruções para implantação e todo o código do site:
http://trac.meuparlamento.org/wiki/FixMyStreet
28 June 2010
Vídeos da expedição Roosevelt - Rondon na Amazônia em 1913
Dos arquivos da Biblioteca do Congresso Americano. Contribuição de Ronney Peixoto.
Após a leitura do magnífico livro "O Rio da Dúvida" de Candice Millard, este vídeos ajudam a traduzir a realidade pela qual passou esta expedição pelo Mato Grosso e Amazonas em terras até então desconhecidas.
Após a leitura do magnífico livro "O Rio da Dúvida" de Candice Millard, este vídeos ajudam a traduzir a realidade pela qual passou esta expedição pelo Mato Grosso e Amazonas em terras até então desconhecidas.
22 June 2010
Índice de países falhidos economica e politicamente
Segue estudo bastante profundo a respeito das condições sociais, econômicas e políticas que permitem um país prosperar. Feito pela revista Foreign Policy, bastante interessante.
05 June 2010
Ódio a Israel ameaça palestinos
04/06/2010-08h03
Ódio a Israel ameaça palestinos
Como judeu, descendente de avós que perderam pais e irmãos no Holocausto nazista, é de embrulhar o estômago ver a guerra mundial contra Israel.
Nem um século se passou desde que o mundo observou passivamente Hitler e seus aliados exterminarem 6 milhões de judeus indefesos no coração da Europa, e o coro histérico e irracional contra os judeus voltou com força e abrangência. É o antissemitismo travestido de antissionismo.
Sim. Até Emir Sader sabe que não é possível distinguir o Estado judeu dos judeus. Odiando-se um, odeia-se os outros.
E os inimigos de Israel (dos judeus) deixam isso bem claro. Seja no (re)uso do acervo iconográfico antissemita clássico, como vemos nas charges na mídia oficial árabe e "progressista" europeia, seja no grito por boicotes à vibrante e independente academia israelense, que traz de imediato à memória os boicotes aos negócios de propriedade judaica nos primórdios da Alemanha nazista.
Que se conteste e proteste contra atos e políticas adotadas pelo governo de turno em Jerusalém, como os próprios israelenses não param de fazer desde antes de o Estado judeu ser oficialmente declarado por David Ben-Gurion, em 1948.
Mas suspeito, para dizer o mínimo, do tom de ódio indignado de parte importante da opinião pública (a mais vocal, mas não necessariamente a mais numerosa) em relação a tudo o que Israel faz.
Não se está aqui, obviamente, apoiando as mortes no barco com ativistas e militantes que rumava para Gaza. Mas o conflito no Oriente Médio é muito mais complexo do que maniqueísmos reducionistas e manipulações grosseiras. Estas só servem para enganar desavisados de boa-fé e promover extremistas de má-fé.
A guerra próxima não é entre israelenses e palestinos, mas entre os israelenses e palestinos que querem a paz contra os israelenses e palestinos que não querem a paz. O segundo grupo é minoria nos dois lados, mas consegue impor o conflito justamente porque sua complexidade dificulta tanto um acordo e o sangue já derramado fomenta tanto ódio e medo.
E há ainda a guerra mais distante que Israel trava contra o extremismo islâmico e seus apoiadores no mundo árabe-islâmico. O uso cínico que ditaduras opressoras como Irã e Síria faz da causa palestina, a eterna bucha de canhão de terceiros interesses no Oriente Médio, talvez seja hoje o principal combustível do conflito.
Israel retirou suas tropas do sul do Líbano em 2000 e desde então a região está tomada pela milícia terrorista extremista islâmica xiita Hizbollah, apoiada pelo eixo Damasco-Teerã. O Estado judeu retirou suas tropas da faixa de Gaza em 2005, e o grupo extremista terrorista islâmico sunita Hamas tomou o controle da região, apoiada pelo eixo Damasco-Teerã.
Servindo a seus patronos estrangeiros, Hizbollah e Hamas transformaram as regiões recém-desocupadas por Israel em bases de foguetes contra o país, o que levou a guerras sangrentas nos dois palcos e afastou ainda mais a possibilidade de paz.
Os palestinos precisam ter seu Estado, até o premiê nada moderado de Israel, Bibi Netanyahu, já o admitiu. Hostilizar Israel da forma com que os apoiadores cegos dos palestinos fazem só atrasa esse justo objetivo ao reforçar mais uma vez a ideia de que a discriminação contra os judeus segue muito viva.
Viva a tolerância. Não viva o ódio.

Sérgio Malbergier é jornalista. Foi editor dos cadernos Dinheiro (2004-2010) e Mundo (2000-2004), correspondente em Londres (1994) e enviado especial daFolha a países como Iraque, Israel e Venezuela, entre outros. Dirigiu dois curta-metragens, "A Árvore" (1986) e "Carô no Inferno" (1987). Escreve para a Folha.comàs quintas.
04 June 2010
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