22 September 2009
Aniversário da Crise Global
09 September 2009
Atualização Copa 2014
08 September 2009
Licenças obtidas para fibra ótica até Manaus
06 September 2009
Monotrilho em Manaus
Reconheçamos por alguns instantes a grandiosa revolução em curso. Em Manaus, isto representa quase um veículo para cada 4 habitantes. A abundância de crédito que encobriu o país, combinada com o indiscutível crescimento diferenciado que o Amazonas demonstrou nesta década culminam no presente dilema. Devemos nos emocionar cada vez que novo amazonense adquire os meios econômicos para dispor de seu próprio carro; é uma situação quase tão singular quanto a aquisição da casa própria, outra revolução em curso em nossos dias. Entretanto, foi-se o tempo de chegar em qualquer lugar em 10 minutos e de almoçar todo dia em casa. Mas também foi-se o tempo de olhar para São Paulo ou Miami com inveja da pujança econômica representada pela frota veicular. Chegamos lá.
Com estes dados, é mais fácil compreender o trânsito cada vez mais caótico de Manaus. Há uma série de iniciativas públicas, dentre as quais enumero as vias do PROSAMIM, Avenida das Torres e Viadutos da Ephygenio Salles, que certamente contribuirão para a redução do tempo desperdiçado no trânsito e do consequente estresse municipal. Entretanto, a este ritmo, é apenas uma questão de tempo para que os sempre mais de 3 mil emplacamentos mensais engargalem estas novas vias.
Foi neste espírito que se iniciou em 2008, no âmbito do planejamento para a candidatura de Manaus à Copa de 2014, a série de estudos que levam o Governo do Estado à sugestão de implantação de um sistema rápido de transporte público em monotrilho, conforme apresentado em audiência pública recentemente. Esta é uma das três grandes obras e/ou melhorias apresentadas à FIFA (além do estádio e aeroporto) para a seleção de Manaus. O trajeto proposto liga a Cidade Nova ao Centro, passando na frente do estádio, com seis estações propostas ao longo do caminho; a motivação desta escolha para o trajeto inicial é o altíssimo fluxo de transportes públicos no eixo norte-sul, por onde trafegam cerca de 60% dos ônibus da cidade, com picos de mais de 15 mil passageiros/hora entre 6hrs e 8hrs da manhã.
Dentre as várias soluções consideradas, julgamos o monotrilho como o de melhor aderência às necessidades da cidade. O sistema proposto terá capacidade inicial em 2014 de 18,5 mil passageiros/hora, mais de 20% acima do fluxo médio atual, com possibilidade de expansão modular (adicionando mais carros sem obras estruturais) até 37 mil passageiros/hora. Ou seja, se Manaus continuar crescendo a uma taxa de 1,8% ao ano (a atual), temos uma infra-estrutura com capacidade para cerca de 40 anos. Dentro deste contexto de planejamento de longo prazo, podemos também considerar a expansão destas linhas pós-2014, seguindo por Cachoeirinha, Bola da Suframa e Grande Circular, um projeto para futuros governadores e prefeitos. O custo estimado do trecho proposto para implantação até 2014 é de R$1 bilhão, dos quais dois terços devem ser em recursos públicos.
Na gama de benefícios esperados, lista-se a economia de tempo, que hoje dura mais de 1hr nos horários de pico (terminais Cidade Nova - Centro direto) para 26 minutos de trajeto total, totalizando por dia mais de 47 mil horas economizadas. Em termos de poluição (emissões de carbono), economiza-se o equivalente a 1.000 árvores médias por dia com menos ônibus trafegando.
Há uma série de riscos a serem considerados. Muitos projetos desta magnitude ao redor do mundo param por problemas de financiamento por exemplo. Dentro deste contexto, é importante explicitar a situação financeira do Amazonas; temos um baixíssimo nível de endividamento (cerca de um quarto do teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que permitiria até R$12 bilhões de dívidas ao Amazonas) e temos um orçamento saudável com margem de investimento de mais de 10% mesmo em um ano de gravíssima crise mundial. Há também considerações a respeito da integração com a malha existente de ônibus, que precisará ser parcialmente readequada para alimentar o novo sistema; esta readequação requer grande volume de cooperação que certamente é do interesse de todos. Por último, a tarifa é sempre um tema central; utilizando-se como parâmetro cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, chega-se à conclusão que o sistema proposto pode ser mais econômico devido às melhores tecnologias disponíveis hoje.
É certo que este é um tema polêmico, que afetará a vida de todos os manauaras daqui para frente. Críticas e sugestões são sempre bem-vindas.
A apresentação completa da audiência pública se encontra no site manauscopa2014.com
23 August 2009
Brasil, Amazonas e Liderança Ambiental
22 August 2009
Tourism in the Amazon site
21 August 2009
Site de Turismo no Amazonas
18 August 2009
Site Manaus na Copa 2014
17 August 2009
Nixon e Médici discutiram como derrubar Allende
Em um encontro na Casa Branca em 9 de dezembro de 1971, Nixou perguntou ao presidente brasileiro se os militares chilenos eram capazes de derrubar Allende.
Médici respondeu que na sua opinião eram e "deixou claro que o Brasil estava trabalhando com este objetivo", completa o memorando, que deixou de ser confidencial em julho, como obriga uma lei de documentos oficiais americana.
Nixon deu seu consentimento à suposta desestabilização política brasileira no Chile, onde Allende assumira o poder há pouco mais de um ano.
O golpe de Estado liderado pelo general Augusto Pinochet aconteceu quase dois anos depois, no dia 11 de setembro de 1973.
"O presidente (Nixon) disse que era muito importante que Brasil e Estados Unidos trabalhassem estreitamente neste campo", acrescenta o memorando top secret, publicado pela organização não governamental National Secret Archives (NSA).
Nixon pediu a Médici, general presidente da ditadura militar brasileira desde 1969, que contasse como poderia ajudar.
"Se precisa de dinheiro ou outra ajuda discreta, talvez possamos colocar a sua disposição", disse Nixon.
Estados Unidos e Brasil, afirmou Nixon ao convidado brasileiro, "devem tentar e prevenir novos Allendes e Castros e tentar, onde for possível, inverter estas tendências".
"O Brasil, como país sul-americano, pode fazer muitas coisas que os Estados Unidos não podem na região", comentou Nixon durante o encontro.
O golpe de Pinochet contra Allende acabou com o primeiro governo de tendência marxista que chegou ao poder pelas urnas na América Latina e deu início a uma ditadura que deixou, oficialmente, mais de 3.000 vítimas, entre executados e desaparecidos (1973-1990).
Nixon renunciou em 1974 para evitar um impeachment iminente por parte do Congresso, em meio ao escândalo de Watergate.
Médici também perguntou ao presidente americano se o Brasil deveria apoiar os exiliados cubanos no país.
"Deveríamos, desde que não os empurremos a fazer algo que não possamos ajudar, e desde que nossa mão não apareça por trás", respondeu Nixon.
Ambos também examinaram como desestabilizar o presidente e general peruano Velasco Alvarado, considerado populista, supostamente com a informação de que tinha um filho ilegítimo.
Nixon valorizava tanto a relação com ditadura militar brasileira que chegou a propor um "canal direto" de comunicação com Médici, fora da diplomacia habitual.
O ministro das Relações Exteriores da época, Mário Gibson Barbosa, foi nomeado representante especial de Médici, enquanto Nixon atribuiu a missão ao então conselheiro de Segurança Nacional (mais tarde secretário de Estado) Henry Kissinger.
As comunicações secretas entre Nixon e o ditador brasileiro permanecem secretas, segundo a NSA, especializada na busca e publicação dos documentos confidenciais do governo americano durante a Guerra Fria.
"Os arquivos sobre o Brasil são um elo perdido na ampla documentação que atesta a intervenção estrangeira no Cone Sul durante aqueles anos", explica Peter Kornbluh, pesquisador do NSA especializado em Chile e Brasil.
Kornbluh pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a liberação dos documentos do período da ditadura militar no país.
"A história completa da intervenção na América do Sul nos anos 70 não pode ser explicada sem acesso aos documentos brasileiros".
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5inWe4226RMf-zCXaUvmosqIHYhSA
15 August 2009
Prêmio Samuel Benchimol
09 August 2009
Zona Franca de Manaus (ZFM): sua importância para a Amazônia e o
Prefácio do livro: Impacto virtuoso do Polo Industrial de Manaus sobre a proteção da floresta amazônica
Este livro vem prestar um grande serviço ao Brasil e à Amazônia, à medida em que demonstra, cientificamente, o efeito virtuoso da ZFM na proteção de parte da floresta amazônica.
Aos que veem o modelo Zona Franca com desconfiança, este livro adicionará o argumento ambiental de forma definitiva e contundente aos outros benefícios que trazemos ao País e, por quê não, para o mundo. A estes, Manaus e o Amazonas devem estar permanentemente abertos ao diálogo acerca das melhores formas de adaptação e evolução de nossa economia, desde que reconheçam nossa contribuição ambiental.
O que deveria ser um diálogo, historicamente tem se configurado em monólogo, um discurso vazio de preservação da floresta coibindo as atividades econômicas existentes, sem concepção de alternativas. Imagina-se que as alternativas para esta terra distante poderiam se limitar a catar castanhas e dançar boi-bumbá para gringos – o que os olhos não vem o coração não sente. Enganam-se os que acreditam que a Amazônia poderia assim ser preservada. A riqueza é pré-condição à preservação.
Àqueles que na Amazônia vivem e vislumbram um futuro próspero, tanto para a economia quanto para o meio ambiente, este livro preenche uma lacuna de argumentos. Sempre argumentamos que a Zona Franca é, em seu cerne, uma política econômico-ambiental, o que tentamos provar com anedotas e exemplos. Agora há uma obra, fruto de pesquisa científica da mais alta qualidade, escrita e revisada por personalidades de reputação ilibada e imparcialidade inquestionável, que substancia nossos argumentos, preenchendo-os com dados e conclusões concretas. Quarenta anos de gestação.
O professor Samuel Benchimol, meu avô, já dizia, nos anos 80, que o desenvolvimento sustentável da Amazônia teria que respeitar quatro paradigmas: ser economicamente viável, socialmente justo, ambientalmente adequado e politicamente equilibrado. O modelo Zona Franca de Manaus, como esta obra bem sustenta, responde aos quatro.
Nossa viabilidade econômica está comprovada pelo capital privado que em Manaus decidiu se localizar – em uma economia aberta e globalizada, o capital vota com os pés. Mais de quinhentas indústrias deram seu voto de confiança ao nosso modelo e aqui permanecem, não pela bondade de seus corações ou pela beleza do por do sol no Rio Negro, mas porque aqui conseguiram executar seus planos de negócio e obtiveram a rentabilidade desejada pelos seus investidores. Não nos esqueçamos que grande parte do sucesso do nosso modelo se deve à acolhida que demos a investidores do mundo todo, sem xenofobia ou discriminação.
A pujança econômica de anos recentes também permitiu o estabelecimento de políticas de formação e aperfeiçoamento de mão de obra que tornaram Manaus um dos pólos nacionais de desenvolvimento de tecnologia, baseado tanto nos investimentos estatais quanto nos ordenamentos legais da Lei de Informática que canaliza recursos para investimentos em pesquisa e desenvolvimento na Amazônia. Inicia-se assim, ainda que timidamente, a ocupação da Amazônia, não por agricultores como nos idos de 1970, mas por doutores, como deve ser.
Fica claro nesta obra a diferença social entre o Amazonas e os demais estados da região Norte. Comparemo-nos momentaneamente com nosso vizinho Pará, estado de belezas e riquezas no mínimo comparáveis às nossas. O Amazonas tem renda per capita aproximadamente o dobro do Pará – nossa área total desmatada é de 2% do território, contra mais de 20% em nosso vizinho. Pergunta-se por quê. Engana-se quem pensa que é porque os amazonenses têm melhor coração ou maior amor à floresta que os paraenses. É uma questão de modelo de desenvolvimento e volume de renda – indústrias ocupam pouco espaço enquanto que agricultura, pecuária, mineração e madeireiras, as principais atividades econômicas em nosso vizinho, ocupam vastas áreas com grande impacto ambiental. Além disso, o nível de renda diferenciado tem permitido ao Amazonas construir uma política e instituições que reforçam a conservação ambiental. São poucos os governos no mundo que, quando visitados por grandes pecuaristas ou agricultores, podem responder com segurança que tais investimentos não são bem-vindos em áreas de floresta nativa. O Amazonas pode, graças à justiça social proporcionada pela Zona Franca. Lembremo-nos que a renda per capita amazonense não figura dentre as mais altas do País, apenas próximo à média, portanto não há aqui concebido um excesso de justiça.
O equilíbrio político, requerimento do desenvolvimento sustentável, deve se iniciar pelo fator externo. O Brasil hoje brada, batendo no próprio peito de orgulho, que fomos os únicos dos grandes a preservar nossas florestas. Esta posição de liderança ambiental mundial, conforme demonstra habilmente e além de discussão esta obra, se deve em grande parte à Zona Franca de Manaus. Continuando no caráter político externo, a ocupação da Amazônia Ocidental é fator importante da liderança nacional na Amazônia e permitiu o estabelecimento de infraestruturas que beneficiam todos os segmentos, desde o científico à segurança nacional. Internamente no Brasil, a Zona Franca também goza de equilíbrio político, trazendo grandes contribuições, via Suframa, à Amazônia Ocidental por intermédio da redistribuição de recursos que estimulam tanto a pesquisa científica, quanto a formação de recursos humanos e o estabelecimento de infraestrutura. Mesmo estados não participantes da Suframa se beneficiam por meio dessa intensa movimentação logística. No âmbito nacional, a Zona Franca é grande compradora de insumos para suas indústrias e para consumo local (o Amazonas é deficitário na produção de alimentos). Por último, como já dizia o professor Samuel Benchimol, em vez de paraíso fiscal, a Zona Franca se constitui em paraíso do fisco, dado que se arrecada na Zona Franca muito mais do que se gasta nela, apenas do lado federal.
É claro que ainda há muito para se avançar e deixar para trás o conteúdo esquizofrênico do desenvolvimento regional. Ao mesmo tempo em que se implantou por quarenta anos uma política forte de incentivos fiscais, negou-se a conexão logística adequada e necessária ao pólo, seja ela fluvial (melhores portos, dragagem de hidrovias), rodoviária (estabelecimento e manutenção de rodovias), ferroviária ou aeroviária. Ao mesmo tempo em que se enriqueceu com mais empregos, a energia elétrica é de baixa qualidade e escassa, as telecomunicações são precárias e caras. Em 1967 demorava-se 15 dias de Manaus a São Paulo, principal centro consumidor nacional. Adivinhe hoje.
O próprio desenho do pólo carece ainda de maior aprofundamento regional, em busca de realizar um sonho antigo de integração das riquezas abundantes amazônicas com tecnologias industriais avançadas. Segmentos do pólo madeireiro, cosméticos, beneficiamento de produtos como castanha e borracha, são algumas das alternativas para enraizamento.
Apesar das muitas frentes de avanço e mesmo dos tremendos desafios enfrentados, é importante que pausemos por alguns instantes para reconhecer os frutos alcançados nestes últimos quarenta anos. Dado o tremendo êxito das políticas ligadas à Zona Franca, qual seja de alcançar os paradigmas necessários ao desenvolvimento sustentável, chega a hora de alçá-la ao hall de políticas nacionais sustentáveis de grande sucesso. Neste hall hoje figuram duas já consagradas políticas: a implantação de usinas hidrelétricas como alternativa barata e limpa em todo Brasil e a experimentação com o álcool combustível. Ambas alçaram o Brasil a líder num mundo cada vez mais preocupado com emissões de carbono, mudanças climáticas e aquecimento global. O leitor desta obra chega à conclusão que a Zona Franca de Manaus é a terceira política de grande sucesso ambiental nacional, pertencente sim a este hall.
Por Denis Benchimol Minev, Secretário de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas
26 July 2009
O Aniversário de Nelson Mandela
22 July 2009
Aniversário de 91 anos de Nelson Mandela
16 July 2009
Estatuto do Amazônida
por Samuel Benchimol
Confiando no êxito da próxima Conferência do Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas no próximo mês de julho – Rio/92;
Considerando a importância da Amazônia Brasileira pela sua grandeza continental, peculiaridade geo-regional e extensão de sua bacia hidrográfica;
Pensando na extrema variedade e complexidade dos seus ecossistemas florestais e a grande biodiversidade de suas espécies;
Enfatizando o rico potencial de seus varzeados, igapós, terras firmes, campos e cerrados e os seus complexos ecossistemas florestais;
Relembrando o enorme potencial de seu sistema fluvial para seu aproveitamento energético, transporte e navegação;
Recordando a abundância e variedade de seus recursos minerais, sua importância para a metalurgia e sua contribuição para a balança de pagamentos do país;
Examinando as recentes descobertas de hidrocarbonetos, petróleo e gás natural e suas grandes perspectivas de seu aproveitamento petro-químico e energético;
Registrando as conquistas já alcançadas no campo industrial, pela criação de pólos avançados e produção de bens e serviços, no campo agrícola com as culturas de subsistência e matérias-primas e nas áreas próprias de criação da pecuária bovina, bubalina e criatório em geral;
Rememorando o potencial de seus inúmeros pesqueiros de água doce, salobra e salgada e a riqueza que essa diversidade representa para a piscicultura e para a produção de alimentos;
Analisando a importância das populações nativas de índios, caboclos e nordestinos, que constituem a base de nossa formação histórica e humana;
Observando a riqueza cultural dessa pluralidade cultural e étnica, cuja integridade devemos preservar através da manutenção de sua identidade e/ou integração á sociedade nacional;
Auscultando a necessidade da educação em todos os níveis, da qualificação profissional, universitária e dos institutos de ciência, pesquisa e tecnologia e extensão;
Verificando que a cosmovisão da Amazônia Continental mostra que ela representa a vigésima parte da superfície terrestre, um quinto das disponibilidades mundiais de água doce, um terço das reservas mundiais de florestas latifodiadas, um décimo do biota universal, um quarto do volume mundial de carbono armazenado na sua biomassa vegetal, mais da metade do potencial hidrelétrico e de gás natural do Brasil e dos minérios de ferro, bauxita, manganês, cassiterita, caulim, ouro, potássio e outros; quatro décimos da superfície da América do Sul, três quintos do Brasil e apenas quatro milésimos da população mundial.
Levando em conta essa realidade e amparado em toda uma vida consagrada ao estudo deste pedaço do Brasil, lanço, aqui, o Estatuto do Amazônida para apreciação e debate dos participantes brasileiros e estrangeiros da Rio-92;
- Todo amazônida tem direito ao pleno uso, gozo e fruição dos seus recursos naturais existentes na área, desde que o faça de modo não destrutivo. Fica estabelecido o seu direito à subsistência, liberdade de escolha, livre iniciativa, trabalho produtivo e justiça social, e resguardada a sobrevivência das gerações futuras e ao convívio harmonioso com a natureza;
- Todo amazônida tem o direito a uma existência digna livre de quaisquer constrangimentos, injustiças e outras formas coercitivas que limitem o exercício de seus direitos de cidadania;
- Todo amazônida tem o direito de usufruir os produtos da floresta, cuja venda, a preços justos, lhe permita um padrão de vida digno;
- Todo amazônida tem o direito de utilizar os recursos pesqueiros de forma auto-sustentada, para garantir a alimentação de sua família, a elevação de seu padrão de vida e o exercício de atividade empresarial;
- Todo amazônida tem o direito – nas zonas apropriadas – de se beneficiar dos seus bens minerais existentes na região, dos recursos hídricos para transporte e geração de energia elétrica, do uso de terras para fins agrícolas e para formação de campos de criação;
- Todo amazônida tem o dever de proteger os recursos naturais florestais, hídricos e terrestres de forma a garantir o desenvolvimento econômico e social equilibrado, conservando-os e preservando-os para as gerações atuais e futuras;
- Todo amazônida tem o dever de resguardar as florestas naturais, parques nacionais, estações ecológicas, reservas biológicas, santuários da vida silvestres, monumentos cênicos e sítios arqueológicos;
- Todo amazônida tem o dever de exigir proteção ás populações indígenas, assegurando-lhes a demarcação e posse de suas terras e manutenção de sua identidade cultural;
- Todo amazônida tem o dever de lutar pelos seus direitos à saúde, educação, transporte, obras de infra-estrutura que permitam o desenvolvimento individual e de suas comunidades;
- Todo amazônida tem o dever de reagir contra toda e qualquer forma de intervenção internacional que implique o constrangimento à soberania brasileira, sem embargo ao reconhecimento à cooperação internacional, legítima e bem intencionada, para promoção de defesa do meio ambiente e do desenvolvimento sustenta da Amazônia.
Samuel Benchimol
Professor da Universidade do Amazonas
Janeiro/1992
11 July 2009
O Homework do Turismo
30 June 2009
Carta dos Governadores da Amazônia ao Presidente
26 June 2009
Carta de Palmas (TO) - V Fórum de Governadores da Amazônia Legal
Nós, Governadores dos Estados que compõem a Amazônia Legal - Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, reunidos em Palmas, capital do Estado do Tocantins, considerando a atual crise mundial e seus reflexos sobre a economia brasileira, que reduziu receitas e capacidade de investimento, cientes de nossas responsabilidades sociais e comprometidos com o destino soberano de nossa região, destacamos:
2- A criação imediata de grupo de trabalho composto pelos Ministérios de Relações Exteriores, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente e Assuntos Estratégicos, em conjunto com os nove estados da Amazônia, para rever a posição brasileira e elaborar proposta para remuneração por serviços ambientais, em conformidade com os seguintes fundamentos: i) os pagamentos devem ser destinados aos titulares das terras; ii) o conhecimento científico e a capacidade de monitoramento são suficientes para alcançar os patamares de transparência da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças do Clima - UNFCCC; iii) mecanismos flexíveis são cruciais para gerar benefícios para áreas de alta e baixa pressão de desmatamento.
3- A premente necessidade da participação direta dos Governos Estaduais nas ações de regularização fundiária, para o que é fundamental a transferência de recursos federais para as instituições estaduais de gestão fundiária.
4- O transporte hidroviário na Amazônia Legal é estratégico para a integração e o desenvolvimento regional. Neste sentido, faz-se necessária política consistente de investimentos e a aprovação de março legal em tramitação no congresso nacional.
5- O compromisso assumido pelo Governo Federal com os Governadores para restaurar o transporte aéreo regional na Amazônia Legal requer urgência nas providências de responsabilidade do Ministério da Defesa;
6- A necessidade de regime de urgência para a tramitação da PEC 315/2008, que trata da cobrança de ICMS na geração, transmissão e distribuição de energia, e do Projeto de Lei FPE-VERDE. Neste intuito, será formalizada agenda de reunião dos Governadores da Amazônia Legal com os presidentes da Câmara e Senado Federal.
7- Necessidade de imediata revisão da distribuição dos recursos previstos na resolução CMN 3716 de 17 de abril de 2009, considerando que os estados da Amazônia Legal não estão conseguindo recuperar as perdas do FPE, causadas pela desoneração do IPI. Também reivindicamos que recursos arrecadados na própria região pela SUFRAMA, atualmente contingenciados, sejam liberados aos Estados por meio de transferências voluntárias;
Palmas-TO, 26 de junho de 2009.
Governador Marcelo de Carvalho Miranda - Tocantins
Governador Arnóbio Marques de Almeida Júnior Acre
Governador Antônio Waldez Góes da Silva Amapá
Governador Eduardo Braga - Amazonas
Governador em Exercício João Alberto de Souza - Maranhão
Governador Blairo Maggi Mato Grosso
Governadora Ana Júlia de Vasconcelos Carepa Pará
Governador Ivo Narciso Cassol Rondônia
Governador José de Anchieta Júnior Roraima
25 June 2009
As Contas da Copa - Manaus
13 June 2009
The Amazon: The Future of the Forest / The Economist
The Amazon
The future of the forest
Jun 11th 2009 | MANAUS
From The Economist print edition
http://www.economist.com/displaystory.cfm?story_id=13824446
Brazil’s government hopes that land reform in the Amazon will slow deforestation. Greens doubt it

THE tiny village, where naked Ticuna Indians live in wooden houses
raised on stilts, looks out over one of the rivers that becomes the
Amazon. No place seems farther removed from the ups and downs of the
world economy. But this is misleading. The Ticuna, who now have a large
reservation at Novo Paraíso near Brazil’s borders with Colombia and
Peru, took their first steps towards globalisation when they had the
misfortune to encounter Portuguese raiders several centuries ago.
Later, rubber drew the Amazon into the list of hinterlands that could
be tapped if supplies were tight elsewhere, allowing growth to
accelerate in much of the world from the 19th century onwards. And
today new demands on the Amazon’s riches will determine the future of
the forest.
About 900 miles (1,500km) downriver to the east, in Amazonas state,
stands Manaus. Rubber barons built the city from the 1860s onwards. Its
early residents made up for their distance from the European centres of
fashion by trying to outdo Paris during the belle époque in
drinking and debauchery. Now Manaus’s Zona Franca is the workshop for
most of the televisions, washing machines and other white goods sold in
Brazil. Special arrangements allow firms such as Sony and LG to import
parts tax-free from elsewhere in the world and assemble them there.
Despite being surrounded on all sides by thick forest, Manaus hums with
manufacturing.
Some 350 miles to the south-east, in Pará state, the high gold price has encouraged a few hundred garimpeiros,
or wildcat miners, to follow rumours of a strike and trek for days
through the forest to a place, not far from Itaituba, which they have
optimistically named “Bom Jesus”. They live in shacks with tarpaulins
to keep off the rain, digging square holes and sifting through the red
soil in the hope of finding a seam of gold. Malaria lurks there, and
the men say there is cyanide in the water. Apart from a visiting
government minister and some other dignitaries and journalists who have
come for the day by helicopter, there is nothing to indicate that the
Brazilian state exists. Its place has been taken by a local boss who
claims to own the land (though it actually belongs to the federal
government) and takes a percentage of any gold found, while charging
the workers exorbitant prices for supplies that are dropped off by
small planes.
South by 400 miles, in Mato Grosso state, the Amazon meets the
agricultural frontier. Much of the world’s growing demand for protein
is satisfied here. The state, which was once thought to have poor
farmland, has been transformed over the past few decades and is now the
country’s biggest producer of soyabeans for vegetable oils and
cattle-feed. Mato Grosso is also home to an unproductive kind of
agriculture, which involves ranching small numbers of cattle on newly
deforested land. The forest in the state shrank by 105 square miles in
the three months from November to January, according to the Brazilian
Space Research Institute, which uses satellites to monitor
deforestation.
All these places are part of the Amazon rainforest, an area
one-and-a-half times the size of India, or nearly eight times the size
of Texas. Most of it lies within Brazil. It is home to 20m Brazilians,
or 10% of the country’s population. Many of them live a hardscrabble
existence in places that are hot, wet, often disease-ridden and
sometimes dangerous. These people have gone from being heroes who
answered the government’s call to populate and subdue an empty region,
to environmental criminals who are wrecking the planet, all the while
standing on the same spot and doing what they have done for decades.
No government would think of condemning so many voters to persistent
poverty in the name of saving trees. Moving them is impractical and
would be unjust, since the state moved them in the first place, under a
policy that began in the 1960s and lasted for 20 years. (Other
institutions helped too; the World Bank provided a loan that financed a
large migration from the south of the country to Rondônia state in the
days before it cared about greenery.) A vast migration was accomplished
with promises of free land, subsidies and a slightly menacing marketing
campaign that exhorted people to ocupar para não entregar
(“occupy it or lose it”). Parts of Brazil’s government still fret that
covetous foreign powers may try to annexe the Amazon forest unless the
country can find something useful to do with it.
President Luiz Inácio Lula da Silva’s government has often seemed to
sympathise more with these voters than with environmentalists, who are
anyway politically weak in Brazil. His first environment minister,
Marina Silva, resigned in frustration last year. This pleased the bancada ruralista,
an informal block of representatives who defend agricultural interests.
They were glad to see the back of Ms Silva, the daughter of
rubber-tappers who grew up in the forest and became the most eloquent
spokesman for the need to preserve it. This agricultural lobby makes up
20-25% of Congress, according to João Augusto de Castro Neves, a
political consultant.
Fires, grass, cattle
To improve the lives of Brazilians living in the Amazon, the
government has devised a set of policies known as Plano Amazônia. They
envisage an expansion of road-building in the forest, as well as some
big hydroelectric projects. Both are loathed by people who want to
preserve the trees. Plano Amazônia also contains measures to slow
deforestation, but these will be hard to enforce. Money is short, the
area to be policed is vast, and the folk who make money when the trees
are cut down are endlessly ingenious.

Many people derive their income from deforestation. In Tailândia, a
town in Pará surrounded by sawmills, some 70% of the population depends
on logging in some way, according to local officials in the state’s
finance ministry. The loggers work in tandem with cattle farmers: once
the loggers take the best trees from an area, the rest is cleared and
burnt. The farmers then sow grass and raise cattle. The land is quickly
exhausted as pasture, but it then passes to another type of farming,
while the loggers and cattle move farther into the forest and begin all
over again.
This pattern helps to explain why the rate of deforestation tends to
move with prices for beef and soya, with a lag of about a year. Yet it
is a wasteful way of using land. A recent study of some 300
municipalities in the Brazilian Amazon, published in the latest edition
of Science, shows that deforested areas enjoy a short
economic boom, then quickly fall back to previous levels of development
and productivity as the frontier moves on. Deforestation also, of
course, reduces the rainfall on which Brazil’s agriculture depends.
Consumers in America and western Europe who mind about deforestation
may think they have some influence over all this. A recent study by
Greenpeace encouraged them, by trying to show that bits of Amazonian
cow were finding their way on to supermarket shelves in the rich world.
They are wrong, however. The five leading markets for Brazil’s enormous
beef exports (the country ships more of it than the total of the three
next-largest exporters, Australia, Argentina and Uruguay) are Russia,
Iran, China, Venezuela and Egypt, according to Roberto Giannetti da
Fonseca of the Association of Brazilian Meat Exporters. And in any case
the beef produced in the Amazon is mostly eaten by Brazilians in
neighbouring states.
Even so, Mr da Fonseca says his association would like to see
cattle-ranching removed from the Amazon, because of the damage it does
to the reputation of exporters. The big soyabean exporters have already
pledged not to buy from growers in the Amazon. Greenpeace, which helped
to design the agreement, counts it as a success. This just leaves an
internal market for cheap soyabeans and beef, which supports 30m head
of cattle in the Amazon out of a total of 200m in the country.
Given the hardships that farmers in the Amazon face, it may seem
surprising that they do not just give up. One reason is that clearance
and cattle bring in extra money from other sources. The farmers are
also property developers of a kind. Jungle land can be grabbed for
nothing, avoiding what is normally a huge outlay in farming. And
ranchers often sell the land they have deforested to another user, even
though they do not legally own it. Most people who study deforestation
reckon this creates an incentive for farmers to push farther into the
forest, rather than staying where they are, spending money on improving
their land and raising productivity.
Ending this cycle is one aim of a land-reform bill that was recently
approved in Congress, though not without controversy. This law is now
with the president, who has the power to veto some of it. The
government claims that the legislation will at last enable it to
discover which farmers are operating on illegal land and in the
informal economy, and in the future will make it possible to work out
who is committing environmental crimes. Many environmentalists,
however, think the law merely rewards criminal behaviour. Ms Silva has
appealed to Lula to use his veto.
Get off my land
Holdings in America’s Great Plains, impressively neat and
rectilinear from the air, were laid out in various early land laws and
then parcelled out among pioneers. Brazil’s frontier has never
benefited from such an elegant application of geometry. A study from
Imazon, a non-profit research outfit, suggests that just 14% of
privately owned land in the Amazon is backed by a secure title deed.
The rest is covered by fake documents (usually lovingly antiqued) or
simply by right of settlement.
In the most contested parts of the forest, in Pará state, conflicts
over who owns what are sometimes settled with a gun. In 2005 the murder
of Dorothy Mae Stang, an American nun and environmental campaigner who
lived in Pará, brought this to the attention of a wider public. In his
trial, the man who pulled the trigger said he had been paid 50 reais
($20) for the job.
Tranquillity on the riverThere are still gunmen for hire in Pará, according to the police in
Tailândia, a town of 25,000 people. Rosenildo Modesta Lima, the local
police commander, says that when he arrived there a couple of years ago
there were seven murders over one weekend; now there are two or three a
week. The police are on edge. Just the other day a heavily armed gang
attacked a police station in a neighbouring town in an attempt to get
more weapons. Two gang members were killed and a third injured.
The new law will interpose the Brazilian state into this mess,
judging between competing claims, handing smaller plots of land to
their apparent owners and reclaiming very large ones (in excess of
1,500 hectares or 3,700 acres) for the state. This will undoubtedly
entrench some old injustices. “It’s very hard to know who killed
someone 20 years ago to get a piece of land and who just arrived
recently,” says Denis Minev, the planning secretary for Amazonas state
(which has a good record on deforestation). Even so, in the long run
the measure may prove useful. “Land regularisation is of fundamental
importance for halting deforestation,” says Carlos Minc, Brazil’s
environment minister.
Enforcing the new regime will be as difficult as ever. IBAMA, the
federal agency charged with this task, collects less than 1% of the
fines it imposes during operations in the Amazon. “This is not
something that is feared as a serious threat by people who break the
law,” says Roberto Smeraldi of Amigos da Terra, an NGO. The sporadic
weakness of the Brazilian state is partly to blame for this. But any
government would struggle to police the frontier between forest and
farmland, which is far longer than America’s border with Mexico.
This is why many environmentalists now argue that the only way to
fix the problem is to give people who live at the frontier something
more profitable to do. The government has begun to change the region’s
economies. Since July last year farmers without titles to their land
are supposed to be denied access to subsidised credit, though this too
is hard to enforce.
Efforts to commercialise forest products, from Amazon river fish to
oils for use in cosmetics, are also under way. Amigos da Terra, in a
study of these businesses, finds them to be profitable when they form
clusters and turn out finished products. “I am convinced that in 20
years we will have a viable forest economy,” says Mr Smeraldi. “Only by
then we will have lost a lot of forest.”
Speeding up this process is one of the motives behind the $1
billion donation for the Amazon announced in September by Norway’s
government. The Brazilian government has set up an Amazon Fund for this
money and any future donations. Norway will have no say in how it is
used, but the amount of money it releases from the fund will be linked
to Brazil’s success in slowing deforestation. Germany will give
something to the fund too. Turid Rodrigues Eusébio, Norway’s ambassador
to Brasília, says lots of other countries are watching Norway to see
how the experiment goes, and will chip in if it is a success.
Depredation from spaceAmazon states hope to acquire another stream of money, in the form
of payments for not cutting down trees, from the UN initiative known as
REDD, which will be discussed in Copenhagen in December (see article).
Payments of this kind are already being made in Amazonas state: $8.1m
from private companies such as Marriott hotels and Bradesco, a big
bank, is being handed over by the state government to 6,000 families in
exchange for not cutting down any more trees. The challenge is to
extend such schemes to the trees on the edge of the farmland, which are
most at risk.
Still, argues Ms Rodrigues Eusébio, it will take more than changing
cattle-ranchers into nut-gatherers to put a stop to deforestation. To
bring a more elevated form of economic development to the region,
Brazil’s government is convinced that it needs to build more roads in
the forest. This too is controversial. Some 80% of deforestation
happens within 30 miles of a road. Seen from Google Earth, the southern
part of Pará state looks as if someone has dropped large fish skeletons
on the jungle, as spines of deforestation push into the trees from
either side of the roads. Deforestation is more severe where a road is
good, which is why the proposed asphalting of the BR-163, from Cuiabá
in Mato Grosso to Santarém in Pará, is held up by a legal wrangle.
However unpalatable road-building is, it may be needed if the people
who live in the Amazon are to lead a better life. “The Everglades are
very beautiful, but America did rule out building roads through them to
connect Miami with other parts of Florida,” says Mr Minev of Amazonas
state. The government now knows how to build roads without unleashing
the loggers, he argues. Amazonas has recently signed an agreement
creating nature reserves on either side of the BR-319, which runs from
Manaus to Porto Velho. The road will help to integrate Manaus into the
rest of the country’s economy. When the Zona Franca was established in
1967, it took 15-20 days to get goods to consumers in São Paulo, in the
country’s south-east. It takes the same amount of time today.
In this vision of the Amazon, the forest will be preserved as a
large national park with sprinklings of industry added to enrich its
inhabitants. The agriculture at its edge will be more productive than
it is today, making use of abandoned land and raising yields to meet
domestic and foreign demand without encroaching farther into the
jungle. This is aim is plausible, as well as commendable, but it will
take decades to accomplish. In the meantime, the forest will continue
to shrink. The fight today is over how fast that happens.
Copa 2014 em Manaus. Passa a festa, e...
Copa 2014. Passa a festa, entra a segunda-feira
A Fifa confirmou, há duas semanas, a indicação de Manaus como sede na Amazônia da Copa de 2014. Depois de um domingo de comemorações, chegou a segunda-feira e a realidade da imensidão do projeto. No dia 8 de junho tivemos o primeiro evento, na CBF, no qual cada cidade teve suas atividades e cronogramas avaliados. Itens principais de interesse da FIFA e CBF neste momento são energia, telecomunicações, mobilidade urbana e transportes, além do planejamento do estádio.
Na frente de energia, Manaus tem notórios problemas que devem ser resolvidos com a entrada em operação do gasoduto (2010) e com a construção do Linhão de Tucuruí (2012). Nas telecomunicações, a Oi traz nova fibra ótica a Manaus em 2010 (vindo da Venezuela), além de interligações adicionais da Vivo (via Santarém) e a possibilidade de uma fibra ótica nova passando pelo Linhão de Tucuruí. Na mobilidade urbana, apresentamos dois projetos em conjunto com a Prefeitura, de melhoria do sistema atual (ônibus) e de implantação de novo sistema (elevado ou no solo) de metrô. Nos transportes, focamos principalmente no aeroporto, que hoje atende mais de 2 milhões passageiros / ano e que deverá ser expandido, com pista adicional, mais pontos de embarque e mais espaço para atender mais de 4 milhões de passageiros / ano, capacidade estimada necessária para atender bem aos turistas durante a Copa. Em suma, Manaus aponta soluções para todas as grandes preocupações da FIFA; resta-nos executá-las bem.
Por último, o estádio. Buscamos junto aos arquitetos desenhar o mais belo estádio da Copa, com espírito amazônico. Na busca de amortizar custos, estuda-se a possibilidade de criação de um grande centro comercial e de entretenimento, aproveitando o fluxo já existente na Constantino Nery adicionado da possível principal estação do metrô, com a disponibilidade grande de áreas para desenvolvimento imobiliário no próprio complexo. Já tivemos um grande número de questionamentos a respeito de desapropriações; para a construção do estádio e centro comercial (que é de urgente evolução), nossos estudos até o momento indicam que não há necessidade de desapropriação. Outros desenvolvimentos imobiliários que venham a acontecer no futuro podem demandar desapropriações.
Quatorze dias após o anúncio de Manaus na Copa 2014, segue uma breve prestação de contas do que se passa em nossa organização:
1. Inicia-se a construção do centro de convenções que será anexo ao estádio, onde hoje se localiza o estacionamento do estádio. Esta licitação já havia sido feita há alguns meses, dotada em parte de recursos federais.
2. Conclui-se a negociação da contratação da Deloitte, firma de consultoria que nos auxiliará no planejamento e acompanhamento das 26 frentes de trabalho. Em especial, focarão em tornar o empreendimento imobiliário como um todo o mais atraente possível para a iniciativa privada.
3. Assina-se no Confaz (Conselho de Secretários de Fazenda nacional) convênio de não-tributação da Fifa (exigência da FIFA).
4. Readequa-se projeto do centro esportivo da Zona Norte e da Colina para servir de centro de treinamento durante a Copa.
5. Reafirma-se na reunião realizada no dia 8, na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o compromisso do Governo do Amazonas de promover os investimentos necessários para a realização do evento.
6. Discute-se com a Casa Civil qual a entidade que deve ser criada para cuidar do projeto Copa e como ele deve ser constituído para garantir máxima transparência e boas práticas de gestão. Estudamos a formação de conselho de notáveis para supervisionar a execução de obras, o andamento do planejamento e gastos como um todo.
São as primeiras atividades de centenas ou milhares até 2014. A jornada pode parecer longa, mas há apenas 258 segunda-feiras até o primeiro jogo da Copa.