02 June 2009
Copa 2014 em Manaus. Passa a festa, entra a segunda-feira.
30 May 2009
O dia da decisão - Manaus 2014
25 May 2009
The Amazon Rainforest and Prince Charles
Youtube video
24 May 2009
Por que tudo é ilegal na Amazônia?
14 May 2009
Documentário online sobre a vida na Amazônia
09 May 2009
O Amazonas e a crise mundial
Já se vão sete meses depois do fatídico 15 de setembro, quando o mundo financeiro parou e ajoelhou-se. Previsões originais oscilaram de zero a prenúncios do fim do mundo. É possível avaliar alguns dados e tirar conclusões a respeito do real impacto da crise no Amazonas, principalmente sobre trabalhadores, empresas e governos.
Trabalhadores - tínhamos ao final de março 456 mil amazonenses com carteira assinada, 13 mil a mais que o mesmo mês de 2007, 8 mil a menos que o mesmo mês de 2008. Esta queda se concentra no segmento industrial, com perda de 7 mil postos de trabalho. Comércio e serviços, após quedas em janeiro e fevereiro, já demonstraram recuperação de contratações em março, atingindo patamares de emprego semelhantes ao mesmo período de 2008. A construção civil, após um primeiro bimestre fraco, atingiu a estabilidade em março, com balanço de perda de 1 mil empregos no total. Em relação a março de 2008, cresceu um pouco o número de amazonenses inscritos no SPC (12%), mas o volume salárial do estado se manteve estável, dado que a arrecadação previdenciária neste período cresceu 3%. Apesar da crise, nossos consumidores continuam em forte ritmo de consumo, como indica o ICMS do comércio (5% de crescimento) e o emplacamento de carros novos -- não esperemos alívio no trânsito devido à crise.
Empresas - avaliemos empresas sob quatro aspectos: investimentos, faturamento, importação e lucratividade. Apesar de um bom número de novas empresas sendo abertas - 593 em março vs 511 em março de 2008 - o volume de investimentos aprovados para incentivos no CODAM caiu pela metade em relação ao início de 2008. O volume de crédito, necessário ao investimento, mostra alguns sinais de retomada do crescimento, após um 4o trimestre de 2008 de contração e um início de ano de estabilidade. O faturamento do PIM retornou a patamares de 2007, apesar de que o faturamento de todas as empresas no Amazonas ter se mantido estável com 2008, devido principalmente ao bom desempenho de comércio e serviços (indicados pela arrecadação estadual no segmento). Mesmo as indústrias, em abril e maio começam a indicar uma singela melhoria no volume de pedidos recebidos, ainda não ao nível de 2008 mas de significativa melhoria sobre o 1o trimestre. O volume de importação de nossa indústria, que serve como indicador dos planos futuros de produção, mostrou uma leve recuperação (USD493 milhões, vs USD401 milhões de fevereiro, nível mais baixo em 3 anos). Onde temos hoje os indicadores mais complicados são na lucratividade empresarial; sabe-se que sem rentabilidade a atividade empresarial não é sustentável. Em março tivemos uma queda na lucratividade de empresas amazonenses, denotada pela queda de arrecadação de IR Pessoa Jurídica, de R$117 milhões em março de 2008 para R$83 milhões em março de 2009. Tal situação, se persistir no médio prazo, tende a fragilizar nossa economia e interromper quaisquer recuperação.
Governos - A arrecadação governamental, tanto a nível federal quanto estadual, interrompeu sua implacável ascenção, com consequências diferenciadas nos três níveis. Marcando a entrada da crise, temos um grande esforço de diversos níveis: estadual, com termos de acordo para dar incentivos adicionais a indústrias para não-demissão e um volume de investimentos alto para manter a atividade econômica; federal tributário, com reduções de tributos, desde motocicletas a linha branca; federal financeiro, com o Banco Central de protagonista com liberações extraordinárias de recursos, reduções de juros e garantias a instituições financeiras menores juntamente a gastos adicionais com moradia e ampliação de crédito através dos bancos oficiais. Entretanto, a situação orçamentária, que já tendia à complicação, foi exacerbada por tais movimentos. A arrecadação federal no Amazonas caiu de R$613 (março 2008) para R$591 milhões em 2009 (3%), enquanto que o ICMS estadual caiu de R$302 para R$279 milhões (7%). Ao nível estadual, acumulou-se recursos em 2008 que permitem hoje a política, se não expansionista, ao menos preservacionista de atividade econômica; ao nível federal foi necessário reduzir a meta de superávit primário, além do alívio de juros mais baixos; o problema se torna hoje os municípios, com menos flexibilidade e preparação para enfrentar um cenário de arrecadação decrescente.
É precoce neste momento profetizar a recuperação econômica iminente, apesar de sonhar ser permitido a todos. Também não nos encontramos defronte depressão. Mais prudente é, enquanto mantemos nossas provisões para um inverno mais longo, iniciar o plantio de um futuro melhor. Tem menos trabalho devido à crise? Com o seu tempo livre, estude ou sente para estudar com seus filhos e netos, participe de sua comunidade, renove seus valores lendo a Bíblia, lembre-se do ser humano que você um dia sonhou ser. Como já dizia Gandhi, seja você a mudança que você quer ver no mundo.
06 May 2009
Um punhado de boas notícias
Em meio a uma onda global de incipiente otimismo frente a uma dramática crise, a economia amazonense adiciona seu micro-quinhão ao mundo.
Buscando soluções do século XXI aos eternos problemas de isolamento e pobreza da Amazônia, duas notícias relativas à inclusão digital trazem alento. A primeira, que até abril de 2010, teremos todas as sedes de município no Brasil (e consequentemente no Amazonas) cobertas com telefonia celular 3G. Dado o fato hoje já muito difundido e aceito de que o telefone celular é de vital importância à inclusão social, adicionado à situação atual de que apenas 31 municípios no Amazonas têm esta cobertura, podemos vislumbrar o impulso econômico que os mais pobres e isolados municípios do Amazonas devem sentir.
http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=134158
Adicionalmente, a Vivo agora prepara o lançamento da conexão entre Manaus e Belém (através de Santarém) do sinal de telefonia celular, o que adiciona uma saída de dados às duas já existentes e de alto custo (ligação Manaus-Porto Velho da Embratel e satélites). Esta conexão deve ser lançada em dois meses e será complementada pela Oi, que também prepara o lançamento de fibra ótica da Venezuela até Manaus no início de 2010.
http://portalexame.abril.com.br/ae/economia/vivo-prepara-linha-terrestre-manaus-belem-380057.shtml
Por último, notícia antiga já para os amazonenses mas que ganha o mundo através do Bloomberg é a enorme reserva de silvinita. O Bloomberg anuncia que o Brasil agora tem a terceira maior reserva de potássio (atrás apenas de Canadá e Rússia), baseado na reserva de Nova Olinda do Norte no Amazonas. Esta reserva, se e quando explorada, torna o Brasil auto-suficiente em potássio e possivelmente exportador.
http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601086&sid=axWs4cd5GiqE&refer=news
Nada como um punhado de boas notícias.
05 May 2009
Amazon rainforest news articles from across the world
27 April 2009
Conservação da Amazônia com incentivos positivos
Há um princípio básico que norteia a discussão de incentivos à preservação: é necessário que haja incentivos positivos para a conservação da Amazônia (remuneração) e não apenas os usuais incentivos negativos (aprisionamento e multas). Para concretizar esses incentivos positivos, precisamos nos preocupar com duas questões: a origem dos recursos e o seu destino. Exploremos algumas alternativas no que diz respeito à origem de recursos:
Mecanismos voluntários de redução de redução de emissões de gases de efeito estufa – as duas frentes sendo trabalhadas hoje para captação de recursos, no Brasil, exploram esta alternativa. Temos o Governo Federal captando, via Fundo Amazônia, doações voluntárias, principalmente de outros governos nacionais, para preservação da Amazônia, sem clara vinculação à área e à maneira pela qual serão empregados os recursos.
Temos também indivíduos e Estados buscando captar recursos nos âmbitos nacional e internacional vinculados à conservação de carbono em áreas específicas. Uma das propostas é a venda de créditos de carbono resultantes da redução de emissões do desmatamento e degradação (REDD); neste caso, enquadra-se o Amazonas, que recebe recursos da cadeia de hotéis Marriott por meio de um mecanismos de neutralização de carbono baseado na implantação de um projeto de REDD na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma.
Uma alternativa bastante discutida, mas ainda não posta em prática, é o reflorestamento de áreas degradadas da Amazônia (cerca de 17% da região). Um local onde estes créditos poderiam ser negociados em mercado é a Chicago Climate Exchange (CCX), que se destaca como principal centro de negociação de carbono voluntário no mundo. Uma proposta é que a CCX se torne o mercado formal para os EUA quando este tiver compromissos de redução de emissões. Inserção de créditos de carbono florestal (REDD) em mercados formais. A primeira e mais discutida alternativa é a inserção do mecanismo REDD no Protocolo de Kyoto. As discussões para a próxima versão do Protocolo de Kyoto devem ocorrer em Copenhagen em Dezembro de 2009 e vão determinar a forma que o protocolo vai tomar a partir de 2012, quando os compromissos do atual protocolo de 1997 terminam.
Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Meio Ambiente brasileiros não se mostram muito simpáticos a esta proposta. Uma alternativa é tentar incluir créditos de REDD em mercados nacionais ou subnacionais de negociação de carbono. O memorando de entendimento assinado entre o Amazonas e os estados americanos da Califórnia, Wisconsin e Illinois propõe discussões para este tipo de inclusão.
Outras conexões incluem os rios voadores, que partem da Amazônia em direção ao centro e sul da América do Sul, abastecendo não só a agricultura no resto do Brasil e Argentina mas também as hidrelétricas que fornecem a maioria da energia brasileira.
Uma última alternativa, enquanto o mundo não dá valor financeiro a serviços ambientais, é utilizar recursos do Tesouro para criar estes incentivos positivos. Nesta direção, o Amazonas contribuiu com R$ 20 milhões (com R$20 milhões adicionais repassados pelo Bradesco) para instituir a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), que remunera áreas protegidas no estado pela conservação, conforme descrito mais adiante. O destino dos recursos, se existentes, deve ser discutido amplamente na sociedade, especialmente dentre aqueles cujas ações origina-os.
Consideremos, para efeito de cálculos simples, que cada hectare de floresta tem em média 500 toneladas de CO2-equivalente armazenado; consideremos no mercado voluntário um preço de R$ 10 por tonelada e, no mercado formal (Kyoto), um preço de R$ 40. Eis algumas alternativas: Proprietário privado da terra: aqueles que de direito detêm a terra devem receber os recursos. Se um proprietário tem o direito de desmatar 20% de sua terra e existem incentivos econômicos para fazê-lo, deve haver a alternativa dele ser remunerado pela escolha de não fazê-lo. Neste contexto, a regularização fundiária é essencial. De acordo com a metodologia REDD (se formos buscar financiamento internacional), é preciso estabelecer um cenário business-as-usual (BAU) para definir as áreas de provável desmatamento; apenas estas áreas receberiam os créditos ou a remuneração.
Se o Brasil escolher criar seu próprio sistema autônomo, poderia utilizar também as metodologias científicas que identificam o BAU para determinar onde remunerar mais ou menos. Para efeito de cálculo, um proprietário com
Se considerarmos juros reais anuais de 6%, o proprietário teria um retorno de aproximadamente R$ 500 por mês, ou R$ 5 por hectare por mês. Este valor é suficiente para evitar o desmatamento, especialmente dado que o fluxo de caixa é altamente positivo com a conservação, versus a alternativa (agricultura em geral envolve grande investimento inicial). Estes rendimentos devem ser não-tributáveis. Fugindo da metodologia REDD tradicional, uma alternativa é que os recursos vão ao gerador do benefício, sem considerar o quanto ele está em risco.
Assim, um proprietário de terra
11 April 2009
Quem quer ser um piscicultor milionário (em 2029)?
Há seis segmentos econômicos que consideramos prioritários ao futuro amazonense: 1) indústria, 2) turismo, 3) energia, 4) serviços, 5) recursos naturais e agro-silvicultura e 6) serviços ambientais. Tomo aqui a oportunidade de focar dentro da agricultura, em temas como silvicultura e piscicultura. Há dois objetivos principais: a) convencer a todos que é preciso sim ter atividades rurais no Amazonas, obviamente sempre pautadas por sustentabilidade ambiental, e b) encorajar alguns potenciais empreendedores (você).
Excluindo-se Manaus, Coari e Presidente Figueiredo, todos os demais municípios do Amazonas têm como vocação principal e muitas vezes única a atividade rural, seja ela pesca, extrativismo, pecuária, manejo florestal, silvicultura, agricultura ou piscicultura. Mais da metade dos amazonenses lá vivem. É desnecessário e injusto pedir que vivam em meio a um santuário florestal; é mito criado em gabinete de Brasília achar que é possível banir agricultura no Amazonas. É apropriado e desejável que se busque boas práticas de utilização do solo com alta produtividade (e consequente renda) em conjuntura com a consevação de nosso patrimônio ambiental. Para início de conversa, já temos 2% de nosso território desmatado, o que equivale a mais de 3 milhões de hectares, que por si só seriam suficientes para grandiosa produção rural.
Começo pela piscicultura. As melhores práticas, com alevinos de qualidade, ração apropriada, tanques adequados e monitoramento veterinário, permitem uma produtividade de entre 8 e 10 toneladas por hectare por ano, seja de matrinxã ou de tambaqui (as duas espécies mais estudadas e melhor conhecidas). A um preço conservador de R$5 por quilo de peixe, a renda anual atingiria R$45 mil por hectare por ano. Um módulo produtivo de
Comparemos este cenário com a tradição amazônida de plantar mandioca. Um hectare, com tecnologia tradicional, produz cerca de 10 toneladas por hectare por ano. Estas geram aproximadamente 2,5 toneladas de farinha, ao preço médio (no produtor) de R$1 por quilo, gerando renda de R$2,5 mil por ano. É claro que grande parte desta produção serve de subsistência familiar, sobrando menos da metade. Dado alto volume de trabalho, quando este não é mecanizado, cada família pode cuidar de pouco mais de um hectare. Está assim garantida a subsistência e institucionalizada a pobreza eterna. Com módulos produtivos maiores e melhor tecnologia e mecanização, atinge-se até 30 toneladas por hectare; com um pouco de tecnologia, produz-se fécula de mandioca, de grande valor agregado e demanda de quase 100 mil toneladas apenas em Manaus; quebra-se assim o ciclo de pobreza sem fim ribeirinho.
Na mesma categoria do "um hectare de mandioca" está a pecuária extensiva; em um hectare a produtividade máxima anual é de 200 quilos (um boi) e o dano ambiental é máximo. É imperativo eliminar de nosso estado esta pecuária extensiva de baixa tecnologia, que assim como a mandioca de um hectare renova o ciclo de pobreza no qual nosso caboclo está imerso. Entretanto a pecuária extensiva assim como a mandioca são de simples e barata implantação.
Aos investidores mais planejados, temos a silvicultura de espécies como teca, mogno, borracha e pau-rosa. Estas, apesar da necessidade de um capital de giro elevado, têm o potencial de verdadeiro enriquecimento a longo prazo. Por exemplo, aos preços atuais, um m3 de mogno atinge cerca de R$5 mil.
Outras alternativas incluem a citricultura, o dendê, a criação de abelhas, a pecuária e caprinocultura intensivas, dentre outros. Tomamos uma decisão estratégica de sermos o estado mais bem preservado do Brasil (potencialmente do mundo). Esta decisão não está em conflito com uma boa utilização das áreas já desmatadas e de baixa produtividade. E mesmo do ponto de vista ambiental, antes decidirmos ativamente as formas que queremos utilizar nosso território que deixar que atividades de baixa produtividade como a pecuária extensiva o ocupe.
Parto com um simples proposta - seja um milionário em 20 anos. Com
30 March 2009
Redução de impostos para enfrentar a crise no Amazonas
29 March 2009
BR-319, Serviços Ambientais e Quemos Somos
2009 deve ser lembrado como um ano de transição. O império dos bancos de investimento norte-americanos chega ao fim, em conjunto com o reinado dos sheiks e a economia do consumo sem limites. Em meio à crise, um pequeno detalhe global pode passar desapercebido: o fato de que cada vez mais as evidências apontam na direção de que o homem tem causado mudanças climáticas sérias e muitas vezes irreversíveis. Então enquanto 2009 nos açoita com complicações econômicas e um novo vocabulário composto por anglicismos como sub-prime, também apresenta o que pode ser a maior oportunidade desde que os militares tiveram a idéia de criar uma Zona Franca.
Nove governadores amazônicos se reunem em Cuiabá no dia 1 de Abril, em um evento de nome Katoomba (gosto discutível), para definir uma posição conjunto a respeito de serviços ambientais (em outras palavras, de como remunerar a Amazônia pela preservação). A posição do Governo Federal tem sido tanto tímida quanto centralizadora -- não se busca maximizar o retorno pelo imenso investimento em preservação que o Brasil fez e faz na Amazônia ao longo de mais de 300 anos de ocupação (ocidental), mas sim um leve compromisso descompromissado e a canalização do retorno pelo funil da burocracia federal. É necessária e urgente a mudança de perspectiva, sob o risco de perdermos o bonde da história que aponta na direção de um acordo histórico em Dezembro deste ano em Copenhagen, onde se definirá as metas para a continuação do Protocolo de Quioto e se florestas tropicais devem ou não ser remuneradas e como.
No coração deste debate está o tópico de responsabilidade e capacidade do Brasil. Como exemplo, a BR-319. O Brasil está sim determinado a construí-la; entretanto, há também a determinação de não cometer os erros do passado que fizeram com que estradas fossem vetores de desmatamento. As duas determinações serão cumpridas, pois hoje dispomos sim da capacidade de monitorar nossa Amazônia e da responsabilidade política para tomar atitudes contra o desmatamento. Ao mesmo tempo que é um absurdo uma cidade do porte de Manaus, quase 2 milhões de habitantes, se ilhar propositalmente do país, é também um absurdo que no século XXI ainda permitamos a degradação improdutiva e empobrecidade da floresta. Constituímos esta semana 6 unidades de conservação ao longo do trajeto da estrada, todas com orçamento para tanto elevar o bem estar daqueles lá vivendo quanto monitorar e coibir qualquer desmatamento ilegal; em outras unidades estabelecidas anteriormente com recursos de forma semelhante conseguimos atingir a meta de desmatamento zero, mesmo em áreas sob pressão. Tomamos as medidas que quaisquer entidade responsável pelo incrível patrimônio que gerimos deveria; temos sim a capacidade e a responsabilidade.
O Amazonas tem tentado liderar o país na valorização da floresta em pé, com preços mínimos para produtos sustentáveis, educação e treinamento via satélite em todos os rincões do interior e o programa Bolsa Floresta, como exemplos de formas para enriquecer nossa população preservando a floresta. Reduzimos assim de mais de 1,5 mil km2 para menos de 0,5 mil km2 o desmatamento em cinco anos.
Dado que o alcance de nosso orçamento é limitado, nos voltamos ao mundo em busca de reconhecimento, não esmolas.
25 March 2009
23 March 2009
Os Rios Voadores da Amazônia
Além de grande seqüestradora de carbono e estoque da biodiversidade global, o terceiro grande serviço ambiental da Amazônia é como reguladora do ciclo hidrológico na atmosfera. Cada vez mais evidências científicas mostram a provisão de tais serviços.
Alguns artigos recentes mostram:
1) o quanto as florestas, através de VOCs (Volatile Organic Compounds), interagem com a chuva e nuvens
http://www.nature.com/nature/journal/v452/n7188/full/nature06870.html
2) o quanto o fogo em florestas tropicais inibe a formação de nuvens e subsequentemente chuvas
http://news.mongabay.com/2005/0414-rhett_butler.html
Para tirar suas próprias conclusões, vide o seguinte vídeo no Youtube que mostra o fluxo de vapor e nuvens na atmosfera. O branco é vapor, o laranja é tempestade.
http://www.youtube.com/watch?v=PTH-mTjqP1g
Como se pode ver, a Amazônia pulsa ritmicamente com chuvas. O Vapor entra na Amazônia pelo Atlântico a caminho dos Andes. No caminho este vapor se torna chuva várias vezes; em todas elas, a chuva retorna à atmosfera pela transpiração da floresta. Uma grande árvore na floresta transpira mais de
A chuva que chega aos Andes é redirecionada, parte ao norte passando pela América Central, Flórida e indo bater na Europa, parte ao sul, abastecendo de chuva as hidrelétricas brasileiras e o agro-negócio brasileiro e argentino.
A pergunta ainda sem resposta é o quanto de desmatamento interromperia este ciclo, fazendo com que as chuvas na Amazônia retornassem ao Atlântico sem chegar aos Andes. Especulamos apenas, mas preferimos não saber a resposta.
22 March 2009
Amazonas Digital funcionando em Manacapuru
14 March 2009
Obama em Manaus - Especulação?
- Líder Maior Militar dos EUA, Almirante Mike Mullen,
- Dez vice-ministros canadenses, incluíndo pastas como Saúde, Meio Ambiente, Relações Externas, Agricultura e Defesa.
- Negociadores de temas climáticos da Califórnia.
- Diversas visitas do Embaixador dos EUA, inclusive ao festival de Parintins.
- Vice-presidente do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento e o principal representante dos EUA no banco.
- Várias visitas de líderes do Banco Mundial, num processo de estreitamento de relações do Amazonas com o banco, maioria dos quais tem sido norte-americanos.
O Sudão, a Amazônia e Você
11 March 2009
Príncipe Charles visita o Amazonas
08 March 2009
Amazon.com Review: Floods of Fortune
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04 March 2009
Amazon.com Review: Designing Inclusion
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