30 March 2009
Redução de impostos para enfrentar a crise no Amazonas
29 March 2009
BR-319, Serviços Ambientais e Quemos Somos
2009 deve ser lembrado como um ano de transição. O império dos bancos de investimento norte-americanos chega ao fim, em conjunto com o reinado dos sheiks e a economia do consumo sem limites. Em meio à crise, um pequeno detalhe global pode passar desapercebido: o fato de que cada vez mais as evidências apontam na direção de que o homem tem causado mudanças climáticas sérias e muitas vezes irreversíveis. Então enquanto 2009 nos açoita com complicações econômicas e um novo vocabulário composto por anglicismos como sub-prime, também apresenta o que pode ser a maior oportunidade desde que os militares tiveram a idéia de criar uma Zona Franca.
Nove governadores amazônicos se reunem em Cuiabá no dia 1 de Abril, em um evento de nome Katoomba (gosto discutível), para definir uma posição conjunto a respeito de serviços ambientais (em outras palavras, de como remunerar a Amazônia pela preservação). A posição do Governo Federal tem sido tanto tímida quanto centralizadora -- não se busca maximizar o retorno pelo imenso investimento em preservação que o Brasil fez e faz na Amazônia ao longo de mais de 300 anos de ocupação (ocidental), mas sim um leve compromisso descompromissado e a canalização do retorno pelo funil da burocracia federal. É necessária e urgente a mudança de perspectiva, sob o risco de perdermos o bonde da história que aponta na direção de um acordo histórico em Dezembro deste ano em Copenhagen, onde se definirá as metas para a continuação do Protocolo de Quioto e se florestas tropicais devem ou não ser remuneradas e como.
No coração deste debate está o tópico de responsabilidade e capacidade do Brasil. Como exemplo, a BR-319. O Brasil está sim determinado a construí-la; entretanto, há também a determinação de não cometer os erros do passado que fizeram com que estradas fossem vetores de desmatamento. As duas determinações serão cumpridas, pois hoje dispomos sim da capacidade de monitorar nossa Amazônia e da responsabilidade política para tomar atitudes contra o desmatamento. Ao mesmo tempo que é um absurdo uma cidade do porte de Manaus, quase 2 milhões de habitantes, se ilhar propositalmente do país, é também um absurdo que no século XXI ainda permitamos a degradação improdutiva e empobrecidade da floresta. Constituímos esta semana 6 unidades de conservação ao longo do trajeto da estrada, todas com orçamento para tanto elevar o bem estar daqueles lá vivendo quanto monitorar e coibir qualquer desmatamento ilegal; em outras unidades estabelecidas anteriormente com recursos de forma semelhante conseguimos atingir a meta de desmatamento zero, mesmo em áreas sob pressão. Tomamos as medidas que quaisquer entidade responsável pelo incrível patrimônio que gerimos deveria; temos sim a capacidade e a responsabilidade.
O Amazonas tem tentado liderar o país na valorização da floresta em pé, com preços mínimos para produtos sustentáveis, educação e treinamento via satélite em todos os rincões do interior e o programa Bolsa Floresta, como exemplos de formas para enriquecer nossa população preservando a floresta. Reduzimos assim de mais de 1,5 mil km2 para menos de 0,5 mil km2 o desmatamento em cinco anos.
Dado que o alcance de nosso orçamento é limitado, nos voltamos ao mundo em busca de reconhecimento, não esmolas.
25 March 2009
23 March 2009
Os Rios Voadores da Amazônia
Além de grande seqüestradora de carbono e estoque da biodiversidade global, o terceiro grande serviço ambiental da Amazônia é como reguladora do ciclo hidrológico na atmosfera. Cada vez mais evidências científicas mostram a provisão de tais serviços.
Alguns artigos recentes mostram:
1) o quanto as florestas, através de VOCs (Volatile Organic Compounds), interagem com a chuva e nuvens
http://www.nature.com/nature/journal/v452/n7188/full/nature06870.html
2) o quanto o fogo em florestas tropicais inibe a formação de nuvens e subsequentemente chuvas
http://news.mongabay.com/2005/0414-rhett_butler.html
Para tirar suas próprias conclusões, vide o seguinte vídeo no Youtube que mostra o fluxo de vapor e nuvens na atmosfera. O branco é vapor, o laranja é tempestade.
http://www.youtube.com/watch?v=PTH-mTjqP1g
Como se pode ver, a Amazônia pulsa ritmicamente com chuvas. O Vapor entra na Amazônia pelo Atlântico a caminho dos Andes. No caminho este vapor se torna chuva várias vezes; em todas elas, a chuva retorna à atmosfera pela transpiração da floresta. Uma grande árvore na floresta transpira mais de
A chuva que chega aos Andes é redirecionada, parte ao norte passando pela América Central, Flórida e indo bater na Europa, parte ao sul, abastecendo de chuva as hidrelétricas brasileiras e o agro-negócio brasileiro e argentino.
A pergunta ainda sem resposta é o quanto de desmatamento interromperia este ciclo, fazendo com que as chuvas na Amazônia retornassem ao Atlântico sem chegar aos Andes. Especulamos apenas, mas preferimos não saber a resposta.
22 March 2009
Amazonas Digital funcionando em Manacapuru
14 March 2009
Obama em Manaus - Especulação?
- Líder Maior Militar dos EUA, Almirante Mike Mullen,
- Dez vice-ministros canadenses, incluíndo pastas como Saúde, Meio Ambiente, Relações Externas, Agricultura e Defesa.
- Negociadores de temas climáticos da Califórnia.
- Diversas visitas do Embaixador dos EUA, inclusive ao festival de Parintins.
- Vice-presidente do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento e o principal representante dos EUA no banco.
- Várias visitas de líderes do Banco Mundial, num processo de estreitamento de relações do Amazonas com o banco, maioria dos quais tem sido norte-americanos.
O Sudão, a Amazônia e Você
11 March 2009
Príncipe Charles visita o Amazonas
08 March 2009
Amazon.com Review: Floods of Fortune
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04 March 2009
Amazon.com Review: Designing Inclusion
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